É cedo para saber se o Google+ vai ombrear com seu maior oponente, o Facebook. Mas a rede social do gigante de buscas atingiu uma marca nada desprezível: aos cinco meses de vida, atraiu, em novembro, 65 milhões de visitantes únicos. É um feito quando se compara o resultado aos históricos de outros atores do segmento, como Twitter, LinkedIn e o próprio Facebook. A comparação foi obtida com exclusividade por VEJA.com junto à empresa de métricas Comscore. Saiba mais:
Para chegar aos mesmos 65 milhões, o Facebook levou 42 meses; o microblog Twitter, 41; o LinkedIn, voltado exclusivamente a conexões profissionais, 90. O Orkut não aparece na lista, pois, segundo a Comscore, nunca rompeu aquela barreira. O resultado do Google+ é, vale destacar, algo sem precedentes.
Cabem algumas observações, contudo. O Facebook, por exemplo, demorou mais para atingir a marca por duas razões. Em primeiro lugar, a rede de Mark Zuckerberg tinha uma estratégia distinta nos dois primeiros anos, que restringia o ambiente a estudantes universitários: só depois, foi aberto aos demais interessados. Em segundo lugar, a internet e as próprias redes viviam outro momento e não atraíam tanta gente – MySpace, o Facebook de então, reinava soberano no setor com 49 milhões de visitantes únicos ao mês.
O mesmo raciocínio vale para o Twitter. O LinkedIn, por sua vez, tem uma peculiaridade – o ambiente voltado a conexões profissionais –, o que acaba por restringir seu público. Prova disso é que, passados quase oito anos de sua criação, recebe menos de 95 milhões de visitantes únicos (dado de novembro) – o Facebook registou 793 milhões.
O mundo, portanto, mudou. Um terço da população mundial está conectada, segundo relatório recente do site Internet World Stats. Acessar Facebook, Orkut ou Google+ se tornou uma atividade corriqueira, quase (ou mais) frequente do que escovar os dentes. Ou seja, os usuários de internet aprenderam a usar as redes sociais. É um cenário favorável ao Google+, que já consegue amealhar usuários acostumados a estabelecer relações sociais sem nenhum contato pessoal.
Arte: Tiago Maricate.
Via: Veja